Quando iniciamos o questionamento acerca do fracasso escolar ocorrido na fase inicial de escolarização, ou seja, na alfabetização, muitas vezes temos a tendência de "culpar" os próprios alunos: desestrutura familiar, carências culturais, desinteresse e/ou núcleo social.
Diferentes métodos já foram adotados e também responsabilizados por esse insucesso.
Contudo, continuamos buscando explicações e alternativas de superação.
Então, podemos destacar a importância do trabalho de Emília Ferreiro e Ana Teberoski, com a Psicogênese da Língua Escrita, em que nos mostram o quanto as crianças são intelectualmente ativas no processo de interação com a escrita e a leitura, formulando suas próprias hipóteses quando estas se tornam alvo de seu interesse e desejo.
Podemos então enfatizar o importante papel do professor em favorecer situações de estímulo às trocas entre os pares e envolvimento dos alunos para então desenvolver interesse e desejo de aprender.
Ainda não conseguimos erradicar a repetência e o fracasso escolar, no entanto, se conseguirmos, enquanto educadores, responsabilizarmo-nos com o estímulo à leitura e escrita, tornando esses momento situações prazerosas e divertidas, em que haja uma real interação dos alunos, acredito que muito avançaremos e possibilitaremos a felicidade e sucesso de um número muito maior de crianças.