28.11.08

Projetos de Aprendizagem???

Lançar nossas idéias e ideais de desenvolvimento de autonomia capacidade de saber fazer escolhas e de posicionar-se, elaborar projetos pessoais e participar enunciativa cooperativamente de projetos coletivos, ter discernimento, organizar-se em função de regras eleitas, governar-se participar da gestão das ações coletivas, estabelecer critérios e eleger princípios éticos, cidadania, sociedade, justiça e liberdade a um alvo que atinja todos envolvidos no processo de aprendizagem, onde estes percebam-se co-autores/participantes responsáveis pela construção do conhecimento.(Parâmetros Curriculares Nacionais - 1998)

O Projeto de Aprendizagem oportuniza novas forma de ensinar e aprender, além da quebra de paradigmas antigos na forma seqüencial de apresentação dos conteúdos, na classificação dos alunos por séries, fatos estes que serão quebrados totalmente no decorrer do processo, e principalmente, na quebra, de nossas atitudes frente ao conhecimento, fazendo com que este através das inúmeras possibilidades de aquisição de informações (pela temática) possa tornar possível a aquisição/construção do verdadeiro saber, a todos os envolvidos neste processo.

As informações, o conhecimento e o saber são tecidos através das interações e trocas que os Projetos de Aprendizagem viabilizam, onde as experiências e conhecimentos anteriores de alunos e professores pelos confrontos pedagógicos ocorridos na busca de responder a "dúvidas temporárias" e "certezas provisórias", encontram-se enredados na construção da Aprendizagem, pelos nós da cooperação.

27.11.08

GREVE! QUE BICHO É ESSE!!

Quando decidimos participar da Assembléia Estadual de professores que aconteceria no Gigantinho no dia 14/11, não fomos até lá motivadas à greve. Entretanto as flas, posicionamentos e indignações levantadas durante aquela assembléia, fez com eu fosse uma das 10 mil pessoas que votaram pela greve, pelo direito ao Piso Nacional, pelo direito ao Plano de Carreira, ...



Qual foi minha surpresa, quando na segunda-feira, dia 17/11, ao chegar na escola, nós as professoras sindicalizadas, que havíamos estado na Assembléia e votado pela greve, fomos rechassadas pelo grupo de colegas não grevistas e totalmente desrespeitadas e humilhadas por tal decisão.

Vi o grupo de professores de uma escola, que até então era unido, que já havia organizado movimentos para a retirada de uma Direção corrupta e déspota, dividir-se e brigar!

Entendi que os dois grupos que se formaram dentro da escola estavam deixando vir à tona questões pessoais, e não profissionais. E então ficamos sendo julgadas como preguiçosas e desinteressadas pelos alunos e não como integrantes de uma classe lutando por um bem comum e maior.

Questiono-me pela validade desta greve, não por não acreditar no ideal que estava sendo batalhado, mas pelos desgastes pessoais que foram gerados.

Hoje temos mais uma Assembléia, que votará, provavelmente, o fim da greve, tivemos nosso ponto cortado, nosso salário reduzido, mas principalmente, nossa dignidade atingida!!

Maturana, mas quem é?

Mais uma vez a interdisciplina da Psicologia nos proporciona estudos maravilhosos.
O que há de tão fenomenal neste homem que fala de modo simples, mas tocante sobre os seres humanos e seus desenvolvimentos enquanto seres sociais.
Segue uma breve biografia retirada da Wikipédia.

Humberto Maturana (* 14. September 1928 em Santiago de Chile) é um biólogo (Neurobiologia) chileno, crítico do Realismo Matemático e criador da teoria da autopoiese e da Biologia do Conhecer, junto com Francisco Varela. e faz parte dos propositores do pensamento sistêmico e do construtivismo radical.
Sua teoria e forma de pensar acabam com o antigo dualismo mente-corpo, ao identificar o processo do viver com o processo cognitivo, e descrevendo organismo e sistema nervoso como sistemas fechados em sua organizaçao, e determinados estruturalmente.
O resgatar as emoçoes dentro duma deriva cultural que tem escondido as emoçoes, por ir contra da razao, é uma das aberturas de olhar propostas por Maturana, pois dá conta que a deriva natural do ser humano como un ser vivo particular, tem um fundamento emocional que determina esta deriva. O amor é a emoçao que sustenta, funda o humano em tanto é o fundamento da recorrencia de encontros na aceitaçao do outro, como legitimo outro que da origen à convivencia social e por tanto à possibilidade de constituçao da linguagem, elemento constitucional do viver humano.
É co-fundador e docente do Instituto de Formaçao Matríztica, em Santiago de Chile, onde trabalha com Ximena Dávila (co-fundadora e docente) no desenvolvimento da dinamica da Matriz Biológico-cultural da Existencia Humana.
"Dizem que nós, seres humanos, somos animais racionais. Nossa crença nessa afirmação, nos leva a menosprezar as emoções e a enaltecer a racionalidade, a ponto de querermos atribuir pensamento racional a animais não-humanos, sempre que observamos neles comportamentos complexos. Nesse processo, fizemos com que a noção de realidade objetiva, se tornasse referência a algo que supomos ser universal e independente do que fazemos, e que usamos como argumento visando a convencer alguém, quando não queremos usar a força bruta." (extraído do livro "A Ontologia da Realidade" de Humberto Maturana - Ed. UFMG, 1997)

Por que elaborar e executar um PPP?

Após a análise dos documentos logo vem a pergunta: "Mas para que mais um documento para ser engavetado?"
Devemos enquanto grupo de professores organizados, politizados e "pensantes" nos esforçarmos ao máximo para que este documento não seja mais um a ser enviado para a gaveta, e para que sirva realmente como referencial teórico-prático dos objetivos que temos enquanto escola.
Em minha escola, nosso Projeto estava desatualizado desde 2002. Organizamos uma comissão de professores para iniciarmos alguns estudos a esse respeito e propormos as mudanças que julgássemos necessária.
Encontramos inúmeros obstáculos. O espaço para as discussões não nos era oferecido, a resistência quanto a participação dos pais e alunos nestes estudos, alegando que não sabiam do que estaríamos falando, ...
Entretanto, pesistimos e hoje estamos com boa parte do documento novo redigido.
Nem todos participaram, entretanto, houve o convite para a participação!
Acredito, que com o empenho de todos, possamos modificar um tanto positivamente as ações que vêm sendo desenvolvidas em nossa escola.

Projeto Político Pedagógico

Preparando o Power Point para a interdisciplina de Organização do Ensino Fundamental, senti a necessidade de refletir um pouco mais e expressar o que penso acerca do PPP - Projeto político Pedagógico Escolar.
O projeto político pedagógico (PPP) de uma escola tem como princípio uma transformação ou uma mudança da mesma. Esse projeto deve englobar os diversos segmentos da escola de forma participativa.

Atualmente fala-se muito a respeito do projeto ou proposta da escola, segundo Hernández (2001, p.10): "O PPP da escola contribui para a definição das políticas públicas educacionais e para a necessária continuidade administrativa.".

A construção do projeto envolve um conjunto de aprendizagens, reflexões, ações e relações, estas são somadas ao trabalho pedagógico, administrativo, financeiro e da comunidade escolar. Todos esses esforços são necessário para estruturar o PPP da escola, Hernández (2001) ressalta ainda que esse esforço possibilita a organização ou reorganização do currículo escolar.
Para Veiga (2001, p. 11) a concepção de um projeto pedagógico deve apresentar características tais como:

a) Ser processo participativo de decisões;
b) Preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições;
c) Explicitar princípios baseados na autonomia da escola, na solidariedade entre os agentes educativos e no estímulo à participação de todos no projeto comum e coletivo;
d) Conter opções explícitas na direção de superar problemas no decorrer do trabalho educativo voltado para uma realidade especifica;
e) Explicitar o compromisso com a formação do cidadão.
A execução de um projeto pedagógico de qualidade deve, segundo a mesma autora:
a) Nascer da própria realidade, tendo como suporte a explicitação das causas dos problemas e das situações nas quais tais problemas aparecem;
b) Ser exeqüível e prever as condições necessárias ao desenvolvimento e à avaliação;
c) Ser uma ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da escola,
d) Ser construído continuamente, pois com produto, é também processo.