27.11.08

Maturana, mas quem é?

Mais uma vez a interdisciplina da Psicologia nos proporciona estudos maravilhosos.
O que há de tão fenomenal neste homem que fala de modo simples, mas tocante sobre os seres humanos e seus desenvolvimentos enquanto seres sociais.
Segue uma breve biografia retirada da Wikipédia.

Humberto Maturana (* 14. September 1928 em Santiago de Chile) é um biólogo (Neurobiologia) chileno, crítico do Realismo Matemático e criador da teoria da autopoiese e da Biologia do Conhecer, junto com Francisco Varela. e faz parte dos propositores do pensamento sistêmico e do construtivismo radical.
Sua teoria e forma de pensar acabam com o antigo dualismo mente-corpo, ao identificar o processo do viver com o processo cognitivo, e descrevendo organismo e sistema nervoso como sistemas fechados em sua organizaçao, e determinados estruturalmente.
O resgatar as emoçoes dentro duma deriva cultural que tem escondido as emoçoes, por ir contra da razao, é uma das aberturas de olhar propostas por Maturana, pois dá conta que a deriva natural do ser humano como un ser vivo particular, tem um fundamento emocional que determina esta deriva. O amor é a emoçao que sustenta, funda o humano em tanto é o fundamento da recorrencia de encontros na aceitaçao do outro, como legitimo outro que da origen à convivencia social e por tanto à possibilidade de constituçao da linguagem, elemento constitucional do viver humano.
É co-fundador e docente do Instituto de Formaçao Matríztica, em Santiago de Chile, onde trabalha com Ximena Dávila (co-fundadora e docente) no desenvolvimento da dinamica da Matriz Biológico-cultural da Existencia Humana.
"Dizem que nós, seres humanos, somos animais racionais. Nossa crença nessa afirmação, nos leva a menosprezar as emoções e a enaltecer a racionalidade, a ponto de querermos atribuir pensamento racional a animais não-humanos, sempre que observamos neles comportamentos complexos. Nesse processo, fizemos com que a noção de realidade objetiva, se tornasse referência a algo que supomos ser universal e independente do que fazemos, e que usamos como argumento visando a convencer alguém, quando não queremos usar a força bruta." (extraído do livro "A Ontologia da Realidade" de Humberto Maturana - Ed. UFMG, 1997)

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