6.11.06

ECS 6 - WEBER II

Ao pensar sobre a atividade proposta para a ECS, não sabia bem ao certo sobre o que escrever, então analisei criticamente a situação de minha escola.
Trabalho em uma escola totalmente diferenciada, em que atendemos adolescentes internos na FASE, portanto, não conseguimos estabelecer um contato efetivo com nossa comunidade de pais ou responsáveis. Diante disso, em nossa escola não há eleição para diretores, são feitas indicações por parte da Secretaria de Educação do Estado.
Quando penso acerca disto, penso no tipo de dominação legal, em que há um estatuto. Até o presente momento, todos as pessoas indicadas ao cargo de Direção de nossa escola, atendem os pré-requisitos legais exigidos - ser professor nomeado, com curso superior, no Estado há mais de três anos, entretanto, por ser uma indicação, a cada eleição para governo do estado, inicia-se uma período de tortura para nós, membros do corpo docente da escola, afinal, não sabemos as mudanças que ocorrerão.
Nossa escola foi criada em 1998, e até então funcionava como anexo da Escola Senador Pasqualini. Nossa primeira diretora, foi a então vice da época em que éramos anexo e comandou a escola até o final de 2002, quando se aposentou. Foi então indicado ao cargo, um colega, professor da escola já há mais de vinte anos. Teria então alguém mais qualificado para o cargo?
Ledo engano. Fomos maltratadas, humilhadas, desrespeitadas, tudo em nome de uma direção que prometia "moralizar" a escola.
Que surpresa desagradável!
Como pode uma pessoa modificar tanto seu comportamento em função de assumir um cargo diretivo? Não sei a resposta.
É claro, que enquanto direção, as pessoas tendem a ter uma visão mais administrativa e menos humanista da escola, entretanto, não podem esquecer que este é um estágio totalmente provisório, afinal não há possibilidade de perpetuação em cargos de chefia.
É bastante complexa as relações entre os seres humanos, principalmente quando envolve poder, dinheiro, sentimento de superioridade,...
São nessas fases de crise que surgem pessoas aproveitando-se de uma liderança ou facilidade de comunicação, para então exercer a dominação carismática.
Tivemos uma professora que ficou ao "lado" dos professores, que não tinha medo da direção, que se posicionava e lutava por nossos direitos tão feridos. O que aconteceu então?
Quando chamadas à coordenadoria para tentarmos solucionar o impasse, eis que surge o nome de tal professora para assumir a direção da escola. Pudemos então perceber que tais "defesas", nada mais eram que uma corrida desenfreada para assumir o tão desejado cargo!
O grupo de professores então se uniu, e buscou fazer valer a voz de todos e não apenas de alguns oportunistas. Lutamos e buscamos até mesmo o sistema judiciário para nos respaldar.
Penamos por mais algum tempo, até que a Secretaria da Educação obrigou-se a nos ouvir e atender nossas súplicas.
Temos uma nova equipe diretiva desde agosto do ano passado.
Mas, para nosso desespero..., tivemos eleição para governo do estado, e novamente, ficamos na insegurança e dúvida sobre o que nos espera no próximo mandato.

2 comentários:

Simone disse...

Oi Gabriela! A idéia da atividade é que possam relacionar o material do Weber com situações vividas no seu ambiente de trabalho. Conseguiste pensar sobre os tipos de dominação exercidos pelos diretores da tua escola. Pelo que tens observado, como percebes que os professore estão exercendo seu poder em sala de aula?
Parabéns pela realização da atividade!
Um abraço, Simone - Tutora ECS

biapedag.blogspot.com disse...

Oi, Gabriela! As direções da tua escola parecem muito com a equipe diretiva da minha escola. (entretanto, esta equipe, já foi afastada pela SMED...) Não é nada, fácil... Quanto ao nosso trabalho... também estou em atraso. Vamos nos comunicar por e-mail pra ver o que fazemos. Sugiro que , após a leitura, possampos enviar observações, resumos, umas para as outras e combinemos quem irá postar ....Argh!!! rs Obrigada pela visita nos meus blogs. Bia Guterres